A fotografia é uma das invenções mais extraordinárias da história da humanidade e que revolucionou a sociedade a partir de meados do século XIX. O dia foi comemorado nesta quinta-feira, na sessão ordinária da Câmara de Vereadores, em homenagem do vice-presidente, Renato Bromochenkel (Avante), a todos os fotógrafos eunapolitanos na pessoa de Urbino Brito, ciclista e reconhecido profissional da fotografia.
Para celebrar a data o blog resolveu selecionar algumas imagens captadas pelo Imperador do Brasil, Dom Pedro II.
Todo mundo aprendeu na escola que d. Pedro II (1825-1891) era culto, estudioso, amante das artes e nutria profundo interesse por fotografia e outras novidades tecnológicas de seu tempo. O que pouca gente conhece é a majestosa coleção de fotos que o monarca legou à Biblioteca Nacional, com destaque para os registros dos vestígios de civilizações antigas. Um pequeno, porém valioso recorte desse conjunto, de 35 mil itens, está na exposição Uma viagem ao mundo antigo – Egito e Pompeia – nas fotografias da Coleção D. Thereza Christina Maria.
E, ao ser banido do país, em 1889, pelos republicanos, doou à Biblioteca Nacional a coleção de cerca de 255 mil fotografias, que então denominou, juntamente com a coleção de livros, de Coleção Dona Theresa Christina Maria.
Em 2017, pela primeira vez esse material foi exibido na biblioteca, que recebeu a coleção em 1892, depois da morte de d. Pedro II. As 119 imagens escolhidas ilustram as passagens do imperador e da imperatriz Thereza Cristina pelo Egito e pelo sítio arqueológico de Pompeia, na Itália (terra de Thereza), entre 1871 e 1888. A maior parte, porém, é de fotografias que d. Pedro II comprava de mercadores para robustecer seu acervo particular.
“D. Pedro II formou a maior coleção de documentos fotográficos do século 19 que um governante jamais teve. A da rainha Vitória, da Inglaterra, sua conterrânea, por exemplo, não é significativa”, diz o historiador de fotografia Joaquim Marçal, curador da mostra. “Ele era órfão de mãe desde um ano de idade, e perdeu o pai aos nove. Foi educado por um grupo de tutores e mestres que lhe proporcionaram sólida formação. Tornou-se um humanista, fascinado pela história do nosso passado. Sabia que o homem pode aprender muito assim.”
Muito pouco se conhece até hoje dos amadores que naqueles primeiros anos teriam praticado a daguerreótipa e os processos subsequentes aqui no Brasil. O Imperador, teria sido um dos primeiros brasileiros a possuir e utilizar o equipamento.
Em 1840, aos 14 anos de idade, D. Pedro II, entusiasmado com a nova invenção apresentada por Compte, encomendou um Daguerreótipo a Felicio Luzaghy de Paris, por 250 mil réis, tornando-se assim, o primeiro fotógrafo brasileiro.
Ele fez principalmente imagens de paisagens e retratos.
Mais tarde, já um grande colecionador e um verdadeiro mecenas dessa arte, atribuiu títulos e honrarias aos principais fotógrafos atuantes no país. Promoveu a arte fotográfica brasileira e difundiu a nova técnica por todo o país.
Quando morreu, dom Pedro II deixou uma coleção de cerca de 30 mil imagens do Brasil e de todo o planeta. São amostras raras de monumentos e cidades antigas antes da industrialização e da influência do Ocidente.
Para saber mais:
As Barbas do Imperador, Lilia Moritz Schwarcz (R$ 50,43)