Prefeitos e vereadores fazem marcha por demandas de municípios e ampliação dos mandatos

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Caravana de Eunápolis e Porto Seguro se deslocou para Salvador – Foto: Reprodução das Redes Sociais.

Trezentos e sessenta prefeitos de todo o estado realizaram, nesta segunda-feira (3/6), uma marcha em direção à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), promovida pela União dos Municípios da Bahia (UPB), para cobrar pautas como a unificação das eleições e o aumento do repasse de verbas de estado para município.

Antes da caminhada, os prefeitos foram recebidos pelo governador Rui Costa (PT) e a bancada de deputados e senadores baianos na sede da UPB. Além dos gestores municipais, a marcha foi aderida também pela União dos Vereadores da Bahia (UVB). Isto porque as duas categorias defendem a unificação das eleições para mandatos políticos no Brasil em 2022.

De acordo com o presidente da UPB, Eures Ribeiro, as mobilizações estão ocorrendo em outros estados brasileiros e deve reunir forças nacionalmente – Foto: Ascom/UPB

“O Brasil não pode mais ser o país das eleições, que todo ano tem eleição e com o custo alto para os cofres públicos”, disse o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro. Por causa da marcha, as prefeituras tiveram as atividades administrativas suspensas.

 

O diretor da UPB e prefeito de Belo Campo, José Henrique Silva Tigre, chegou a ler a Carta Municipalista, que elencou os pleitos de prefeitos e vereadores baianos e foi entregue ao presidente da Alba, Nelson Leal. O principio da economicidade é o principal motivo para que se almejem a unificação das eleições.

“Queremos que vocês, deputados e senadores, levem a nossa voz porque essa é uma questão de economia e fortalecimento da democracia”, afirmou Eures Ribeiro.

Eures lembrou que essa é uma pauta de todos os municípios brasileiros. Também por esse motivo o evento contou com a participação do presidente da CNM, Glademir Aroldi. Dois grandes motivos reforçam a importância dessa pauta: o alto custo de eleições a cada dois anos e a necessidade de alinhar orçamentos.

Concentração no Centro Administrativo – Foto: Ascom/UPB

“O custo de uma eleição municipal está em torno de R$12 bilhões, sendo que 80% desse valor é dinheiro público. Ano passado tivemos eleições e no ano que vem vamos ter de novo. Os municípios encaminharam para as câmaras de vereadores e aprovaram o plano plurianual em 2017 e, agora em 2019, são os estados e a união que estão encaminhando e votando seus planos plurianuais, ou seja, os orçamentos não se conversam”.

PAUTAS

Onze pautas compõem a Carta Municipalista dos Prefeitos da Bahia. São elas: unificação das eleições; aumento em 1% do Fundo de Participação dos Municípios – FPM; Cessão Onerosa do Petróleo; pagamento imediato dos royalties do Petróleo pelo Estado aos Municípios da Bahia; regularização dos repasses atrasados da saúde; regularização dos repasses atrasados da assistência social; comprometimento dos Secretários Estaduais no atendimento aos prefeitos e prefeitas; urgente regulamentação da aplicação homogênea da dosimetria das multas aplicadas aos gestores pelo Tribunal de Contas da União (TCM); nova regulamentação nos recursos das contas pelo TCM; aplicação das Resoluções n. 02/2018 e n. 03/2018; e apoio da Alba para o efetivo cumprimento das pautas municipalistas.

 

O governador Rui Costa se comprometeu a iniciar o pagamento do royalties do Petróleo em janeiro de 2020. “Já determinei ao meu procurador que até dezembro possa chegar a um entendimento com a UPB para praticar, a partir de janeiro de 2020, esse acordo com todos os municípios da Bahia”, garante.

Prefeito de Santa Cruz Cabrália também estava na marcha – Foto: Ascom/UPB

Em sua fala, Rui lembrou que durante os quatro anos do seu primeiro mandato conseguiu antecipar recursos, “como uma forma de ajudar os prefeitos a fecharem contas e organizarem suas finanças”. Sobre repasses desse ano, Rui tranquilizou os prefeitos. “Quero reforçar que nós não levaremos para o segundo semestre nenhum passivo do primeiro semestre desse ano. Vamos deixar todos os valores pagos”. (POR ASCOM/UPB)

 

 

 

 

 

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