Fernanda é médica, com especialização em pediatria, bacharela em Direito, mestranda em Administração Pública e também o orgulho de dona Ana Margarida, sua mãe, de 83 anos.
A conquista de Fernanda vai muito além da patente alcançada. Ela é sinônimo de inspiração e representatividade para outras colegas de farda que também almejam alcançar o topo da carreira militar. Mas, acima de tudo, ela é um orgulho para toda a Bahia!
As duas estrelas douradas [além da prateada] sobre a placa de platina na parte superior do uniforme, no entanto, anunciam que Fernanda não é só uma das 4.848 do efetivo total de policiais militares, mas a primeira mulher promovida a patente de tenente-coronel da corporação na Bahia.
O nível hierárquico, nunca antes ocupado por alguém do sexo feminino, coloca Fernanda a um passo do poder que tem o coronel, ou ‘coronel fechado’, maior patente da Polícia Militar.
Ana Fernanda pertencia a um grupo também restrito da comunidade militar feminina: ela era uma das 35 majores atuantes em territórios baianos, ao lado das policiais Denice Santiago, comandante da Ronda Maria da Penha, Maria Cleudi Milanezi, comandante da companhia de PMs do Rio Vermelho, e Patrícia Barbosa, da Barra.
Se levado em consideração o número total de militares da Bahia (31.788), é como se, para cada 100 policiais, apenas 15 fossem mulheres. COM INFORMAÇÕES DE CORREIO DA BAHIA.