POR REDAÇÃO COM INFORMAÇÃO DE NUCOM/PRF – A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou em 2018, nas rodovias federais da Bahia, 454 mortes nos locais dos acidentes, este número é o mais baixo dos últimos 24 anos. O ano menos violento desde que se iniciou a compilação dos dados foi 1992, com o registro de 288 mortes, já em 2012 foi contabilizado o maior número de vítimas fatais (850).
Este resultado representa uma aproximação da meta proposta pela ONU – redução de 50% das vítimas fatais no trânsito nesta década (2011 a 2020), recepcionado pelo governo brasileiro em maio de 2011, por intermédio do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito (Pacto pela Vida).
Em 2010, ano de referência para a comparação dos índices, foram computados 813 vítimas fatais nas rodovias federais da Bahia, quando comparado ao número de 2018 (454 óbitos), a PRF na Bahia regrediu em 45% no número de vítimas fatais.
Em novembro de 2018, a PRF recebeu uma equipe da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), entidade ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), que parabenizou o Órgão por considerar expressiva a diminuição do número de mortos, especialmente no trecho da BR 324 que trespassa o município de Salvador (KM 612 ao KM 627).
Pode-se afirmar que a estratégia de fiscalização da PRF neste trecho muito contribuiu para a redução do número de mortes na cidade, com superação da meta estabelecida pela ONU.
REDUÇÃO
Segundo o levantamento da PRF, a tendência de queda de vítimas fatais permanece nestes primeiros meses de 2019 e já apresenta uma regressão de 36% quando comparada ao mesmo período em 2018. Conforme levantamento, de 01 de janeiro à 12 de março de 2019 foram registrados 63 mortes, contra 99 no mesmo período de 2018.
Quando se analisa a evolução da taxa de mortos em acidentes de trânsito, levando em consideração a frota baiana e para cada um milhão de veículos a queda representa 87,19%, se comparado a frota de 1998 (856,39) e em 2018 os números apontam para uma taxa de 106,69 ano.
Apenas no estado da Bahia, a PRF fiscaliza cerca de 10 mil quilômetros de malha viária.
Segundo o Inspetor Virgílio de Paula Tourinho, Superintendente da PRF na Bahia, “estas ações demonstram a preocupação da instituição com a vida e construção de um trânsito menos violento”.
FROTA
Apesar do crescimento anual acelerado da frota de veículos, que de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) só no estado da Bahia, em 2018, totalizou 4.139.107 veículos, o que representa um aumento aproximado de 4,2% em relação ao ano de 2017 (com frota de 3.964.820 veículos), os dados apontam uma significativa diminuição no total de mortes decorrentes de acidentes de trânsito nas rodovias federais baianas.
Ressalta-se que a frota atual é sete vezes maior a existente em 1998, quando o total de veículos na Bahia era de 599.029.
FISCALIZAÇÃO
Um dos fatores que contribuíram para essa redução foi a intensificação pela Polícia Rodoviária Federal na Bahia do mapeamento das ocorrências de acidentes de trânsito, dos estudos dos dados estatísticos, bem como da utilização dos dados na readequação da metodologia de fiscalização e controle.
Uma das estratégias adotadas foi a identificação dos problemas e suas causas, com a definição do esforço a ser empregado e destinação de reforço concentrado no policiamento preventivo em locais, dias da semana e horários de maior incidência de acidentes graves.
De acordo com o inspetor Tourinho, “houve também o fortalecimento das ações fiscalizatórias no combate ao excesso de velocidade, à embriaguez ao volante e das ultrapassagens indevidas, além do foco na fiscalização do uso do cinto de segurança e dos dispositivos de retenção para crianças, excesso de passageiros, condições de conservação dos veículos e ações específicas na condução segura de motocicletas”.
Somado ao patrulhamento ostensivo, a PRF promoveu campanhas educativas para o trânsito, com o objetivo de sensibilizar os usuários das rodovias acerca do seu papel na construção de um tráfego mais seguro.