FONTE: JPNEWS.COM.BR – A partir desta segunda-feira, dia 14, a Suzano – uma das gigantes mundiais da fabricação de papel e celulose – assumirá o controle da Fibria, empresa do mesmo ramo, igualmente de porte grande, que possui duas unidades em Três Lagoas e outras em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e de Eunápolis (BA).
Para isso, desembolsará R$ 27,8 bilhões a acionistas da Fibria pela fusão e controle de 46,5% das ações da indústria.
Os números em torno do negócio são gigantes. A união cria a maior produtora de papel e celulose da América Latina, com valor de mercado de R$ 79 bilhões, capacidade de produção de 11 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papel por ano.
Até o final de 2019, a companhia terá 37 mil colaboradores diretos e indiretos e 11 unidades de fabricação, capazes de abastecer 90 países e gerar R$ 26 bilhões em exportações.
A fusão coloca Três Lagoas em destaque por sediar as unidades com maior capacidade de produção da empresa.
Em 2017, o Ex-presidente da Fibria, Marcelo Casteli, revelou planos de instalação da terceira unidade de produção na cidade, com orçamento estimado em R$ 7,5 bilhões, semelhante ao custo da segunda fábrica, inaugurada em 2018.
NOVAS AÇÕES
A semana passada, a holding emitiu um comunicado ao mercado para anunciar a emissão de 255,4 milhões de novas ações.
A reorganização societária prevê uma série de etapas para sua concretização. Cada acionista da Fibria receberá, para cada ação ordinária, 0,4611 ação ordinária de emissão da Suzano e R$ 52,50, ajustados conforme previsto no Protocolo e Justificação de Incorporação aprovado pelos acionistas.
Em decorrência da fusão, as ações da Suzano passarão a ser negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE) e as ações da Fibria deixarão de ser negociadas na B3 e na NYSE a partir do início de janeiro, segundo a Suzano.
DIREÇÃO
O comando da nova companhia ficará com o presidente da atual Suzano, Walter Schalka. O atual vice-presidente de finanças, Marcelo Bacci, também continua.