Funcionário é demitido por não apoiar a candidata do prefeito Robério Oliveira

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O evento foi encabeçado pelos irmãos Cley (Direita) e Madson que estão marchando com o candidato . Foto: Ascom

A demissão de Alberto Cley Santos Lima, da secretaria municipal de Governo de Eunápolis, foi veementemente criticada por colegas e amigos do funcionário público da Prefeitura de Eunápolis (BA). O decreto de exoneração foi publicado nesta sexta-feira, dia 21 de setembro, no Diário Oficial do município.

O problema, segundo os colegas que não quiseram se manifestar, temendo represálias, é que tudo indica que a demissão foi gerada pelo simples fato do servidor não acompanhar politicamente a candidatura de Larissa Oliveira, filha do prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira (PSD). A moça é candidata a deputada estadual.

Uma das funcionárias da secretaria de Governo confidenciou que trabalha no local desde 1996 e nunca viu, na Prefeitura, funcionários tão apavorados. Essa funcionária, cujo nome será preservado, informou que após o retorno de Robério já viu servidores em licença maternidade serem mandatos embora através de mensagem de whatsapp, por mãos de terceiros, juntamente com um recado de que a demissão era por determinação do prefeito municipal.

Evidentemente, nomear ou demitir é função própria do prefeito. A critica, no entanto, é quanto a forma da demissão. O prefeito deveria ter avisado, mas não, a demissão foi de livre escolha do patrão maior do nosso município e, por isso mesmo, classificada como parcial e eleitoreira. Outrossim, ao contratar um funcionário, o prefeito não apresenta nenhum aviso que estará “comprando” também a opinião e o livre arbítrio do trabalhador.

Cley Santos – Foto: Reprodução Redes Sociais

Segundo Cley Santos, o que teria motivado a demissão é ele participou de uma reunião entre o deputado Robinho, candidato a reeleição para a Assembleia Legislativa da Bahia, junto com o deputado federal Ronaldo Carlleto, que também busca a reeleição. Por conta disso, o funcionário foi posto pra fora sem nenhuma comunicação ou respeito.

Outros funcionários revelam ainda outros tipos de perseguição política que vem sendo feitos pela gestão municipal. “Eu encontrei funcionários, contratados ou nomeados, que estão sendo obrigados a colocar adesivo nos carros e a imagem de campanha da filha do prefeito no seu perfil público nas redes sociais, porque se não colocar é demitido”, disse uma enfermeira lotada em um Posto de Saúde.

 

 

 

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