Show para público gospel ou propaganda eleitoral antes do prazo com dinheiro do povo?

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Reprodução Facebook Oficial do pastor Samuel Mariano

O aniversário de 30 anos de emancipação de Eunápolis foi marcado por uma extensa programação paga com recursos públicos que incluía um show gospel, na Praça da Bandeira, no domingo, dia 13 de maio, com a presença do pastor e artista Samuel Mariano.https://www.facebook.com/samuelmarianoebanda/videos/1935174963200552/

Louvável a promoção pelo número de protestantes na cidade, se não fosse em véspera de eleição e o prefeito, Robério Oliveira (PSD), sempre no intúito de se autopromover e promover sua filha, pré-candidata a deputado estadual, ter subido ao palanque com a pretensa herdeira do seu capital eleitoral.

Reprodução da Página Oficial da Prefeitura de Eunápolis no Facebook 

Utilizar o dinheiro público para realizar shows na intenção de promover pré-candidatos é crime eleitoral e abuso do poder econômico. O uso da máquina administrativa em campanha é crime. Antes do prazo, pior ainda. Especialmente por políticos que só conhecem as igrejas evangélicas durante a campanha eleitoral.

Em tempo, o cantor gospel Samuel Mariano custou R$ 40 mil aos cofres da Prefeitura de Eunápolis, conforme a publicação abaixo, no Diário Oficial do Município, no dia 11 de maio de 2018. Até ai, nada de mais para quem já gastou quase meio milhão em um show de Wesley Safadão no Pedrão de 2017. No entanto, todos esses eventos o prefeito usa para se autopromover e promover seus candidatos.

Reprodução do Diário Oficial do Município de Eunápolis

Nota-se que não é fácil caracterizar todos esses crimes, por conta que o prefeito não chegou a pedir votos, mas a sua filha integra um grupo político que comanda três prefeituras na região e a conduta no mínimo foi antiética e imoral. Portanto, essa conduta criminosa disfarçada desequilibra o resultado das eleições até porque dá à filha pródiga a visibilidade que outros candidatos não terão, notadamente com o dinheiro do povo.

Reprodução da Página Oficial do Prefeitura Robério Oliveira

Na prática, a subida ao palanque se traveste da legalidade daquilo que não está tipificado como crime, para desaguar em formas diversas de vantagens na conquista dos votos. Ou seja, é uma corrupção disfarçada.

Robério com o cantor Bel Marques no palco do Pedrão em 2017 – Foto|Ascom

 

 

 

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