Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (23/04) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ao menos 2,8 milhões de crianças e adolescentes estão há sete anos sem estudar na Síria.
O comunicado afirma que mais de 300 escolas foram alvo de ataques desde 2011 e uma em cada três tiveram seu funcionamento interrompido por terem sido destruídas, danificadas, usadas com propósitos militares ou para receber famílias que tiveram que deixar suas casas.
Por causa do grande número de refugiados, países vizinhos à Síria acolheram parte das crianças que deixaram as zonas de conflito. No entanto, o documento aponta que alguns desses países já estão sobrecarregados pelos quase dois milhões de estudantes inseridos em seu sistema escolar.
Entre as crianças que estão frequentando a escola, tanto na Síria como em países vizinhos, 90% assistem às aulas em colégios públicos, dividindo as salas com estudantes locais, como é o caso do Líbano e da Jordânia. Ao todo, cerca de 4,9 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar continuam tendo acesso à educação na Síria.
Segundo informações da Agência Efe, o diretor regional do Unicef para o Oriente Médio e Norte da África, Geert Cappelaere, elogiou o amparo que está sendo dado às crianças e adolescentes da Síria.
“O financiamento em massa dos doadores, a generosidade sem precedentes dos governos e da comunidade de amparo, o trabalho impecável de professores heroicos e a determinação dos menores sírios e suas famílias ajudam milhões de crianças sírias a conseguir educação”, afirmou.
Mas, segundo ele, “como os lideres mundiais se reúnem em Bruxelas nesta semana para a conferência de apoio ao Futuro da Síria e da Região, fazemos a eles um pedido para que não abandonem as crianças e jovens que já passaram por muita dificuldade”.