Localização de empresas de transporte de valores volta a ser assunto na Câmara de Vereadores

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Ramos Filho, vereador de Eunápolis

Apesar de ser matéria vencida, ou seja, discutida e votada em duas etapas e que já seguiu para sanção ou veto do Poder Executivo, a localização das empresas de transporte de valores em Eunápolis voltou a ser assunto de debate na sessão ordinária desta quinta-feira, 19 de abril, na Câmara de Vereadores local. O líder do DEM, Arthur Dapé, voltou a tratar do assunto, segundo ele, “por estar preocupado com a ameaça de perda dos 70 empregos diretos gerados pela Prosegur”.

O retrocesso ao debate provocou a indignação do autor do projeto, Ramos Filho (PTC) e de mais dois vereadores que usaram apartes na fala do vereador. Jorge Máecio (PP) e José Miranda (PR)

Ramos Filho discorreu sobre noções básicas capitalismo de mercado versus capitalismo de estado, quando lembrou que o estado não é responsável pela administração das empresas privadas.

“Se cada vez que uma empresa privada que apresentar um problema decidir recorrer à ajuda do estado, do município, união não vai ter país que sustente suas economias com esse tipo de protecionismo”.

Frisou também que antes de apresentar o projeto ele estudou as soluções encontradas em cidades de outros estados brasileiros que foram vítimas dos mesmos tipos de ataques em bancos e empresas de segurança.

“Isso também aconteceu em algumas cidades do estado de São Paulo e em Araçatuba, onde a matéria já se transformou em lei, obrigando as empresas de segurança a formarem um consórcio e construir um parque fora da zona urbana onde estão se instalando”. Explicou.

José Miranda, do PR.

“Nós estamos falando de uma empresa cujo valor de mercado em 2017 é de 4.291 bilhões de euros, não é de reais, e quer dizer que o município é quem deve ser responsável por resolver o problema de uma empresa com esse valor de mercado?” Questionou.

Segundo Ramos Filho, o consórcio de empresas em Araçatuba terminou criando uma estrutura com maior segurança, porque o poder de resistência de um grupo de empresas intimida os ataques por causa do maior poder de fogo ofensivo e ainda permite mais segurança ao cidadão que mora na zona urbana, sem afetar os empregos.

APARTES

Em aparte, o líder do governo na Câmara, Jorge Maécio, tratou especificamente de uma empresa de valores que estava se instando no Conjunto Habitacional Urbis I sem alvará de licença e funcionamento, sem autorização dos organismos de segurança. “De forma clandestina e ilegal”, conceituou o vereador e arrematou: “se estavam se instando clandestinamente então não tinham boas intenções”.

Jorge Maécio,  líder do governo

Jorge Maécio ainda lembrou que a empresa de segurança que estava tentando se instalar na Urbis I tem como vizinhos uma escola de nível fundamental, com público de 1.400 crianças, além de posto de saúde, igrejas, templos evangélicos, mercados e outros equipamentos públicos.

Já José Miranda, também em aparte, reiterou que o empenho da Câmara de Vereadores é garantir os empregos, mas também garantir a segurança do conjunto da população eunapolitana.

 

 

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