A chamada “janela partidária”, que permite ao político a mudança de legenda sem punição, foi aberta no dia 8 de março e pode alterar as forças políticas na Bahia.
Isto porque, os hoje adversários políticos do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), podem mudar de partido e migrar para o grupo do democrata. O deputado federal Ronaldo Carletto é um dos aliados do governador Rui Costa (PT) que vai se filiar a outra sigla, mas não confirma ainda se trocará também de time.
No próximo dia 19, o parlamentar vai aproveitar a “janela partidária” para deixar o Progressista, sigla comandada pelo vice-governador João Leão, e ingressar no PR. É provável que leve alguns correligionários, como os deputados estaduais Robinho e Luiz Augusto.
Nos bastidores, especula-se que Carletto pode ir para o grupo de ACM Neto a fim de conseguir disputar o Senado na chapa do prefeito. No entanto, há rumores, também, de que ele recebeu um convite para ser suplente de senador do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner (PT).
Neste cenário, o petista, se fosse eleito ao Senado, abdicaria do cargo para ser titular de alguma pasta (ou ministério) e Carletto assumiria o posto.
Mais deputados da ala de Rui Costa vão mudar de agremiação. Entre eles, o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Marcelo Nilo, que deixará o PSL e se filiará ao PSB na próxima segunda-feira.
Já o Pastor Isidório vai para o Avante. Além deles, o colega Alex Lima, que já deixou o Podemos e deve anunciar, nos próximos dias, em qual partido vai desembarcar. Segundo ele, o mais provável é que caminhe para o PSB, da senadora Lídice da Matta, ou o PDT, do deputado federal Félix Mendonça.
Com a crise do MDB, comenta-se que os parlamentares estaduais David Rios, Hildécio Meireles e Luciano Simões Filho também podem deixar o partido. A sigla vive uma situação difícil desde que o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, foi preso, após a Polícia Federal apreender R$ 51 milhões em um apartamento, ligado a ele, na capital baiana.
Não é descartada, também, a hipótese de o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis, deixar o MDB para agremiação. Cogita-se de que pode ir para o PR e até mesmo para o PP, com o objetivo de que essas siglas migrem para o grupo de ACM Neto. Também pode se filiar ao Democratas, para que o partido continue a administrar uma capital, se o prefeito renunciar o cargo para concorrer ao governo. Salvador é a única capital gerida pelo DEM. FONTE:POLITICA LIVRE.