Cada um de nós em algum momento já deve ter se perguntado pra que serve o vereador. Tomando como amostra a Câmara de Vereadores de Eunápolis, 70% das leis aprovadas pelos seus “moradores” são irrelevantes. A cada dez leis aprovadas, sete referem-se à pedido de pavimentação sem que a cidade tenha rede de esgoto; nomeação de ruas; troca de nomes de equipamentos públicos ou títulos de cidadania.
A Câmara de Vereadores de Eunápolis entra ano e sai ano no limiar da inutilidade. Os seus “moradores” desmoralizados, salvo raríssimas exceções, a ponto de afastar a população daquele ambiente.
Como se não bastasse, desde novembro de 2017, a cada sessão ordinária o presidente da Mesa Diretora e alguns dos seus pares produzem verdadeiros malabarismos para justificar o comportamento bizarro diante de inúmeros pedidos para que o Legislativo cumpra o seu dever e coloque em votação a investigação e apuração do comportamento, no mínimo antiético, do prefeito Robério Oliveira (PSD) afastado do cargo por força de uma decisão da Justiça Federal por suposto envolvimento em fraude de licitações desde 2009.
Em outro ato de escárnio, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal desta quinta-feira, 22 de fevereiro, o presidente Paulo Brasil e mais 13 vereadores receberam a visita de um oficial de justiça para citá-los em ação popular que corre na justiça local por ato de improbidade administrativa.
Isso porque, esses vereadores se recusam, peremptoriamente, a investigar as ações do prefeito afastado e duas vezes condenado na justiça a perder o mandato por ato de impropriedade. E isso não tem nada a ver com a Operação Fraternos, que ainda está em andamento.
Os pedidos de apuração para o comportamento do prefeito terminarão com o forno vazio e a depender da vontade de boa parte da Câmara de Eunápolis, o mandato do prefeito Robério Oliveira vai chegar ao fim somente em 2020, mesmo que exercido, talvez, dentro de uma penitenciária ou um camburão aguardando em frente ao prédio do Palácio do Axé para conduzir diariamente à cadeia o Chefe do Poder Executivo apenado, porventura, em regime semiaberto.
Mas nada disso sai barato.
Todas essas infâmias protagonizadas por parte dos vereadores de Eunápolis têm um alto custo para o povo. Fora o preço político desses absurdos, os cidadãos eunapolitanos pagam, em média, R$ 22 mil por mês de salários de cada vereador e sua plêiade de assessores, fora décimo terceiro, férias proporcionais e emprego de familiares.
É pior do que sustentar a família real inglesa. Especialmente porque a maioria desses não tem possue nobreza alguma…