As sessões da Câmara Municipal de Eunápolis, logo após a “Operação Fraternos” que afastou do cargo o prefeito Robério Oliveira (PSD), têm sido motivo de muita polêmica na cidade e debates ácidos entre vereadores.
É que a maioria da Casa [13 e um faltoso] disse “não” a abertura de uma comissão que iria investigar essas denúncias. Apenas três vereadores são favoráveis à investigação.
Até agora, três pedidos de investigação foram arquivados e está descartado – por enquanto – o risco de cassação do prefeito Robério Oliveira.
O público protesta e reclama “que as sessões são realizadas sem ampla divulgação da pauta”. Em protesto nas redes socais, internautas acusam os vereadores de “barrar a apuração das irregulares e de abrirem mão de fiscalizar o Executivo em troca de favorecimento econômico, em forma de cargos na prefeitura de Eunápolis”.
“TÔ NEM AI PARA A POPULAÇÃO”
Por vezes, Robério Oliveira vem sendo condenado pela Justiça em várias ações e se livrando das sanções. Contra ele, existe três pedidos de afastamento do cargo. Dois efetivados e um terceiro, mais recente, por remanejar verbas orçamentárias sem autorização da Câmara de Vereadores durante o seu primeiro mandato. Este último ainda cabe recurso.
Ainda assim, a conduta político-administrativa do prefeito afastado não interessa, literalmente, à Câmara de Vereadores, mesmo que ele seja alvo de uma ampla investigação que envolve Ministério Público Federal, Polícia Federal e Controladoria Geral da União.
Inconformados com a atitude dos seus representantes no Poder Legislativo, que após três votações consecutivas se recusam a aceitar o pedido de abertura de inquérito para investigar o gestor, um grupo de eunapolitanos resolveu disparar vários protestos por meio das redes sociais.
“Vamos aproveitar o Carnaval pra tirar as máscaras desses vereadores”. Disse um internauta que preferiu não se identificar.
Desde esta quarta-feira (7), uma série de “memes” vem sendo divulgada demostrando o favorecimento político e econômico de vários vereadores. Segundo as denúncias, “eles detém inúmeros cargos na administração pública e vários parentes recebendo salários superiores a R$ 2 mil reais”.
”A maioria dessa parentada compõe uma legião de fantasmas. Ou seja, recebe sem trabalhar”, dizem os manifestantes nas redes sociais.
O blog tentou, sem sucesso, ouvir os vereadores citados.
Veja abaixo algumas dessas publicações que não trazem a identidade dos autores.