Se depender do governo Temer, Faculdade de Medicina de Eunápolis pode ser adiada

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Equipe do MEC esteve em Eunápolis no dia 16 de novembro – Foto: Ascom

Apesar de ter sido uma das cidades autorizadas pelo Ministério da Educação a receber um curso de medicina [a autorização é de 2014], até hoje Eunápolis, com 115 mil habitantes, não recebeu a faculdade.

“Faltam médicos aqui como em todos Brasil, principalmente no Nordeste, sempre nós temos muita dificuldade médica hoje nós temos 17 cubanos”, disse Neto Guerriere, ex-prefeito de Eunápolis, em entrevista à equipe do Profissão Repórter, que foi ao ar nesta quarta-feira, 20 de dezembro, pela Rede Globo de Televisão.

Guerriere diz que para ter o curso aprovado na época o governo federal exigiu várias melhorias na rede de saúde “Tudo dentro do hospital foi mudado de lavanderia a estrutura. Para que pudesse ser credenciado pelo MEC”.

O Hospital Regional de Eunápolis será o hospital escola. O vestibular para a faculdade foi anunciado para o início do ano mas até agora nada. De acordo com o Ministério da Educação, a Faculdade Pitágoras anunciou o vestibular de maneira irregular e se não cumprir os requisitos para abrir o curso em seis meses, a autorização será cancelada. A faculdade não quis dar entrevista.

As associações médicas pressionam o governo pela suspensão de novos cursos. “Se estão pensando em interiorizar a medicina, não é por aí. Não é a solução criar tantas faculdades assim, mas a gente fica muito preocupado exatamente com a qualidade de ensino médico que está sendo praticado. O que falta é uma redistribuição dos médicos. Tem locais que tem médicos até demais, outros de menos, tem que redistribuí-los. ”, avalia Raymundo Leal Junior, delegado do CREMEB.

REGULAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

O ministério da Educação vai ficar três anos sem autorizar novos cursos de medicina. “Nós estamos falando de um ambiente político e um acadêmico. No acadêmico há a necessidade premente, óbvio, sempre, da revisão. No ambiente político nos temos a pressão de várias associações de várias matrizes possíveis, seja dos médicos, advogados, enfermeiros, pedagogos todo mundo quer o melhor para a sua profissão, comenta Henrique Sartori, secretário de regulação da educação superior.

“Hoje nós temos mais de 30 mil vagas de medicina autorizadas nos Brasil, que essa revisitação, que essa reflexão da formação médica, sirva para levar mais qualidade, ou pelo menos fazer a reflexão de onde realmente necessita dessa formação ou desse profissional no interior do Brasil”, conclui Sartori.  POR PROFISSÃO REPÓRTER.

 

 

 

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