O Brasil, como afirmou o maestro Antônio Carlos Jobim em uma célebre frase, não é pra amadores. Porto Seguro, onde o Brasil nasceu, muito menos.
Assim, da Terra do Descobrimento surge a informação, de fonte oficiosa, de que um suposto artifício estaria sendo arquitetado para “salvar a rainha”.
Peça principal no jogo de xadrez a rainha, no caso a prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira [afastada do cargo por suposto envolvimento numa quadrilha que teria desviado R$ 200 milhões em licitações fraudulentas e lavagem de dinheiro], pode renunciar ao cargo para salvar a candidatura da filha, Larissa Oliveira.
Candidatura, aliás, que a essa altura do campeonato parece pura vaidade.
Segundo essa fonte, um ex-vereador da cidade de Porto Seguro, se até o dia 10 de janeiro próximo a prefeita não conseguir ser reintegrada às suas funções, ela deve renunciar em favor do vice-prefeito, Beto Nascimento, mas com o compromisso deste apoiar a candidatura de Larissa Oliveira para deputada estadual em 2018.
O acordo é vantajoso para Beto Nascimento, que ganharia com estabilidade política e jurídica para governar.
Por outro lado, a renúncia aos mandatos é usada para evitar o processo de cassação. No entanto, desde 2010, com a Lei da Ficha Limpa, quem abre mão do cargo para escapar da perda de mandato fica inelegível por mais 8 anos após o período do mandato.
De qualquer sorte, a prefeita afastada não teria nada a perder. Afinal, quem acredita que nos próximos anos, Cláudia Oliveira, que com o apoio do marido começou uma carreira política brilhante e meteórica e também com ajuda deste destruiu sua reputação, vai voltar ao poder em Porto Seguro?
Somente os fanáticos.
O suposto acordo não foi confirmado pela assessoria do prefeito em exercício, Beto Nascimento.