O vice-presidente da Câmara de Vereadores de Eunápolis, Ramos Filho (PTC) comentou, na manhã desta quinta-feira, 9 de novembro, a suspensão do cargo do prefeito da cidade, Robério Oliveira, por ordem judicial. O prefeito é alvo de investigação na operação ‘Fraternos’, da Polícia Federal, suspeito por envolvimento em um esquema de fraudes nas licitações da administração local.
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De acordo com o vereador, o que mais o preocupa, como agente político, é a continuidade da administração pública. Ele disse que alguns políticos estão esquecendo a segurança das ações municipais. “Esta situação de incerteza compromete o andamento da administração e a governabilidade; compromete as licitações. Nós estamos sem governo, sem direcionamento, sem comando”. Alertou.
“Daqui a pouco vai começar a faltar remédios nos postos de saúde, salários atrasados, vai faltar merenda nas escolas, uma série de outras consequências e muitos políticos não estão preocupados com isso. Eles estão interessados em fazer um teatro, um circo, transformar o fato em palanque político e um exemplo disso é o ex-prefeito Paulo Dapé”. Criticou enfaticamente.
HISTÓRICO DE CORRUPÇÃO
De maneira sóbria, o vice-presidente da Câmara disse ainda que estamos assistindo, na cidade, a um festival de hipocrisia por parte de alguns. “Embora eu defenda que Robério Oliveira tenha que responder na justiça, pelos atos que porventura cometeu, não posso aceitar que Paulo Dapé faça esse teatro em Eunápolis, se colocando como se fosse o ‘salvador da pátria’”. Disparou.
O vice-presidente comentou o fato com ironia. “Não cabe esse papel a Paulo Dapé porque a gente conhece o histórico da cidade e conhece o histórico dele quando foi prefeito [de 1997 a 2000]. A gente conhece o passado dele e a própria justiça já tomou a decisão em relação a Dapé, deixando-o inelegível. Ou seja, ele não pode nem ser candidato a coisa nenhuma.” Lembrou.
Por fim, Ramos Filho disse que, em relação ao caso Robério Oliveira, só vai se manifestar de fato na hora certa, quando as coisas estiverem mais concretas. “Agora eu não vou chegar falando pelos cotovelos coisas que eu não tenho certeza. Portanto, vou aguardar para me pronunciar”. Frisou o vereador.