Robério Oliveira e Cláudia se apresentam na sede da Polícia Federal, em Porto Seguro

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Robério e Cláudia, afastados por suspeita de fraudes em contratos, se apresentam à PF-Foto: Internauta

POR TV SANTA CRUZ – Robério Oliveira e Cláudia Oliveira, prefeitos afastados das cidades de Eunápolis e Porto Seguro, se apresentaram nesta quarta-feira (8) na sede da Polícia Federal (PF) em Porto Seguro.

Eles chegaram ao local às 9h10 desta quarta, acompanhados de advogados. Cláudia e José Robério foram alvos de condução coercitiva – quando alguém é levado para depor – em operação da PF na manhã de terça-feira (7), que também afastou o prefeito de Santa Cruz Cabrália, Agnelo Santos (PSD). Eles não haviam sido localizados pela polícia para a condução coercitiva na terça-feira.

O prefeito de Santa Cruz Cabrália, Agnelo Santos, também foi alvo de condução coercitiva e só se apresentou à PF na tarde de terça.

Gestores de Porto Seguro e Eunápolis foram à sede da PF em Porto Seguro nesta quarta-feira (8), um dia após operação em que foram afastados do cargo – Foto: Arquivo

A operação cumpriu ainda mandados de prisão, busca e apreensão. As investigações apontam que, desde 2009, os três prefeitos usavam empresas de familiares para simular licitações e desviar dinheiro de contratos públicos. Claudia Oliveira é casada com José Robério e irmã de Agnelo Santos.

O advogado Maurício Vasconcelos –Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Os três prefeitos foram afastados dos cargos por determinação da Justiça por tempo indeterminado. A PF chegou a pedir a prisão deles, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou. Os contratos fraudados, segundo a PF, somam R$ 200 milhões.

Segundo a investigação, o esquema funcionava da seguinte maneira:

As prefeituras abriam as licitações, e empresas ligadas à família simulavam uma competição entre elas. Foi identificada uma “ciranda da propina”, com as empresas dos parentes se revezando na vitória das licitações para camuflar o esquema.

Prefeito de Santa Cruz Cabrália, Agnelo Santos, se apresentou na terça-feira, 7,  ao lado de uma advogada – Foto: Reprodução Radar 64

Após a contratação da empresa vencedora, parte do dinheiro repassado pela prefeitura era desviado usando “contas de passagem” em nome de terceiros para dificultar a identificação dos destinatários. Em regra, o dinheiro retornava para membros da organização criminosa.

A PF ainda não especificou se os prefeitos afastados estão entre os destinatários do dinheiro desviado, mas afirma que repasses foram feitos para empresa de um deles, que seria utilizada para lavar o dinheiro ilícito.

Em nota, a assessoria do advogado de Cláudia e José Robério, Mauricio Vasconcelos, disse que o casal não se apresentou na terça-feira porque estava viajando. Já sobre as acusações de contratos fraudados, a defesa disse que foi negado acesso ao inquérito e que por isso não teriam o que comentar.

 

 

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