A prisão, na quinta-feira, 28 de setembro, de travestis acusadas de participarem de esquema de tráfico de pessoas levanta uma importante discussão sobre o tratamento delas no sistema prisional brasileiro.
O subsecretário da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe), Osmar Mendonça de Souza, determinou uma série de mudanças no tratamento de pessoas trans.
Agora, presas desse grupo não precisam ter o cabelo cortado e podem vestir sutiãs modelo top na carceragem. Além disso, a Sesipe obrigará servidores a tratarem travestis pelo nome social, não mais pelo nome masculino.
Claro que não precisar raspar o cabelo e ser reconhecida pelo nome social já representa uma conquista importante.
No entanto, na minha opinião de leiga, deveriam ser levadas para os presídios femininos para evitar estupros e outras agressões.
Oito travestis presas na Operação Império, no final de setembro, não se identificam com o gênero masculino e, mesmo assim, estão em local destinado a homens.
Por isso, ativistas dos direitos das travestis e de pessoas transexuais ainda não estão satisfeitos com as novas diretrizes para o tratamento de detentas nessa situação.
A presidente da União Libertária de Travestis e Mulheres Transexuais (Ultra), Taya Carneiro, denuncia que a ida de travestis a presídios masculinos ainda expõe o grupo à violência.