Imóveis do Residencial Arnaldão são postos para aluguel. Parcela chega a R$ 200,00

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Anúncios em redes sociais informam que, pouco menos de uma semana da entrega de 1.700 casas dos residenciais Arnaldo Moura Guerrieri (Arnaldão) e Alecrim 1 (Paquetá) em Eunápolis, algumas unidades estão sendo postas para aluguel ou mesmo à venda por valores três vezes mais altos que os de compra.

Uma consulta em grupos de vendas nas redes sociais, o Blog encontrou pelo menos cinco imóveis à venda e 12 para aluguel. Eles foram entregues no dia 27 de setembro passado, após várias investidas dos poderes municipais a fim de acelerar o processo.

A venda vai contra o objetivo dos programas habitacionais e os imóveis se tornam meios de negócios. Anúncios são postados em redes sociais – Foto: Reprodução Facebook

Uma das casas, no Arnaldão, foi alugada pelo valor de 200 Reais. Uma beneficiária, cujo nome será preservado, alegou que “sua amiga foi contemplada, mas não tinha dinheiro para pagar o primeiro mês porque recebeu a casa sem chuveiro e sem a tampa do vaso sanitário”.

Aspecto do Residencial Arnaldão – Foto: Ascom

Também existe denúncia de que além de alugar os imóveis, tem pessoas que estão até vendendo as mesmas. Contudo, as residências fazem parte da Faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida e só podem ser vendidas quando o imóvel está quitado, ou seja, após 10 anos.

A venda vai contra o objetivo dos programas habitacionais e os imóveis se tornam meios de negócios.

As vendas ou alugueis, segundo apurou o blog, são realizados através dos chamados “contrato de gaveta”. Esses contratos tem validade entre os contratantes, mas não perante o sistema financeiro, uma vez que não autorizou a negociação.

A regra para os imóveis da Faixa 1, do programa Minha Casa, Minha Vida, estabelece que eles não podem ser vendidos até o fim do financiamento, que é de dez anos. O aluguel é proibido – Foto: Reprodução

Contudo, um advogado consultado informa que o Supremo Tribunal de Justiça entende que, havendo o pagamento de todas as prestações previstas no contrato, não é possível anular a transferência, haja vista que, com a quitação não há prejuízo ao Sistema Financeiro.

O Blog entrou em contato com a Superintendência de Comunicação Social da Prefeitura de Eunápolis sendo informado que a responsabilidade pela fiscalização de fatos como estes cabe ao sistema financeiro, ou seja, o Banco do Brasil.

O Blog ainda não conseguiu entrar em contato com a assessoria jurídica do BB.

 

 

 

 

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