‘Ditadura militar foi um grande erro’, afirma Moro ao receber mesmo prêmio que Teresa de Calcutá

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JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO – Agraciado nesta segunda-feira, 2 de outubro, com um prêmio concedido pela Universidade de Notre Dame (EUA), o juiz federal Sérgio Moro disse que a ditadura militar no Brasil foi “um grande erro” e a “resposta aos males democráticos, como a corrupção, é o aprofundamento da democracia”.

O juiz Sergio Moro recebe em São Paulo prêmio da Universidade Notre Dame – Foto: Gabriela Bilu/Estadão Conteúdo

O juiz federal Sérgio Moro foi com a mesma honraria recebida por madre Teresa de Calcutá. Segundo a instituição americana, o Prêmio Notre Dame é ‘entregue periodicamente para homens e mulheres cuja vida e obras demonstram, dedicação exemplar aos ideais pela qual a Universidade preza’ desde 1992.

“Os cidadãos brasileiros recuperaram em 1985 todos os seus direitos e liberdades democráticas, depois de 20 anos de ditadura militar. As Forças Armadas tiveram um importante papel na história do Brasil”, discursou Moro durante almoço no Hotel Fasano, em São Paulo. “Mas este período da ditadura militar foi, e não há dúvida disso, um grande erro.”

Após o evento, questionado sobre as declarações recentes do general do Exército da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão, que falou em possibilidade de intervenção diante da crise enfrentada pelo País, o juiz disse que o “aprofundamento da democracia” é “o caminho a ser perseguido”.

Sérgio Moro é alvo da deferência em almoço em São Paulo – Foto: O Estado de São Paulo

“Não creio que aquele comentário tinha esse propósito de anunciar uma coisa fora de uma preocupação com esses casos graves de corrupção”, afirmou o magistrado.

CANSAÇO

No evento, Moro admitiu estar “cansado” e disse que em Curitiba a Lava Jato “está indo para o final”. “É impossível dar uma previsão, apenas a única reflexão é assim que boa parte do trabalho tinha que ser feita foi feita”, afirmou.

“Até falei brincando outro dia que a gente estava ‘doido’ para voltar a julgar grandes traficantes de drogas. Dá menos trabalho.” Ele, contudo, disse que “é impossível dar uma previsão” sobre o encerramento da operação na primeira instância. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

 

 

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