POR ASCOM – PORTO SEGURO – Da superação à supremacia. Virgínia Setúbal que iniciou a prática esportiva de Mountain Bike motivada pela perda de peso, em dois anos e meio, além da boa forma, tornou-se atleta profissional.
Participando de grupos de corridas locais e pegando gosto pelo esporte, começou a encarar trajetos cada vez mais longos em pedaladas de finais de semanas, quando se viu treinando todos os dias num ritmo de alto desempenho, seguindo uma planilha de duas horas diárias e, no fim de semana são 10 horas de treino, buscando percurso com grau dificuldade elevado. “Pedalo até entre 350 a 400 quilômetros por semana”, conta.
ATLETA PROFISSIONAL
Tornando o hobby em atividade profissional, a ciclista viu a necessidade de investir num acompanhamento esportivo de alto rendimento, com trabalho orientado e monitorado de forma eletrônica, via on-line, com a utilização de um GPS, cinta de batimento cardíaco, sensor de cadência, acompanhado pelo seu treinador, o mineiro Gabriel Salgado. Além disso, também segue uma dieta prescrita por nutricionista, voltada para a performance.
Encorajada pela equipe do pedal, arriscou-se em pequenas disputas, nas quais desde o início teve resultados positivos, atualmente já coleciona uma média de cem medalhas e troféus. Preparada para desafios maiores participou do Campeonato Brasileiro de Maratona, em Vitória da Conquista, em agosto, onde conquistou o ouro ao competir com as melhores de sua categoria, no Brasil.
Ainda neste ano, outro grande resultado foi o bronze, no Campeonato Brasileiro de XCO, disputado em Domingos Martins (ES).
Os próximos desafios serão no Brasil Ride, em Arraial d’Ajuda, em outubro; o segundo será a prova em Conquista, podendo pontuar no ranking brasileiro e o outro será na Maratona de Eunápolis, em meados de novembro.
EXEMPLO E MOTIVAÇÃO
Com resultados tão expressivos num esporte que tem conquistado Porto Seguro, Virgínia também é inspiração para muitas mulheres, jovens e crianças.
Ela tem ministrado palestras sobre o ciclismo, superação e prazer em fazer o que gosta, ao mesmo tempo, que lhe promove saúde e qualidade de vida. “Saí da obesidade nível 2, quando tinha 37 anos, em que meu diagnóstico apontava que minha saúde era como se tivesse 65 anos de idade. Eu precisava mudar.
A paixão pelo esporte veio da necessidade real”, relata, expondo que desde o primeiro momento percebeu que seu lugar era neste meio, onde encontrava prazer, amigos, aprendizado diário e poder buscar o seu melhor todo dia. “Consegui. Você também pode se acreditar neste objetivo”, conclama, a campeã.