O senador Otto Alencar (PSD) anda reclamando da demora para a Câmara votar a reforma política e ironizou a quantidade de partidos no país. De acordo com Otto, a questão “deveria ter sido votada há muito tempo”.
“Não haverá brasileiro eleito em 2018 com o sistema político que aí está, com a situação política desse presidente da República, se não fizer a reforma com cláusula de barreira para acabar com partidos cartoriais”, declarou.
“Meu partido mesmo está em todo o Brasil e com representatividade. Tem que acabar com as coligações proporcionais. Não pode um partido que tenha menos de 2% dos votos no Brasil continuar como partido”.
Se criou o Partido da Mulher Brasileira (PMB) que o presidente é um homem. Só homens migraram para esse partido. Uma situação gravíssima”, acrescentou.
Para valerem em 2018, as novas regras têm que ser aprovadas pela Câmara e pelo Senado até o início de outubro. Uma nova tentativa de votar a proposta deve ocorrer na próxima semana, mas o calendário está cada vez mais apertado.
“Semana que vem é o limite do limite”, afirmou o senador baiano.
O deputado petista admitiu que a votação foi adiada porque não haveria número necessário de votos para aprovar o texto nesta quarta-feira, dia 13 de setembro. “Se a votação fosse realizada, a matéria alcançaria algo em torno de 250 votos. Por se tratar de uma emenda à Constituição, o projeto precisa do apoio de 308 dos 513 deputados e passar por duas votações em plenário”.