Em entrevista à Rádio Metropolitana de Salvador, na manhã desta terça-feira [05/09] o prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira, disse que não é novidade que o Brasil tem enfrentado dificuldades econômicas e que, por isso, o foco da atual gestão é a contenção de gastos com cargos comissionados. “Com base nesses preceitos nós fizemos um enxugamento da máquina, reduzimos de 16 para oito o número de secretarias de governo e acabamos com mais de 400 cargos comissionados”.
A redução de secretarias representou uma economia de mais de R$ 500 mil mensais com folha. Ressaltou Robério que foi entrevistado pelo radialista e ex-prefeito de Salvador, Mário Kértesz. O entrevistador quis saber se o município é auto-suficiente economicamente e ouviu do prefeito que “apesar dos impostos gerados por grande empresa instaladas no município, como a Veracel Celulose e outras, a cidade ainda depende de repasses do Fundo de Participação dos Municípios e de recursos federais além de ICMS e outros.
“Se for comparar com os municípios da região metropolitana de Salvador, Mário, Eunápolis tem um arrecadação muito menor. Se dividirmos o número de 120 mil moradores pelo que arrecadamos sobra muito pouco para investimentos, mas a gente tem feito muita economia com base nesses preceitos de contenção de despesas e atuando com criatividade”. Avisou.
ROYALTYS DO GÁS
Durante a entrevista, transmitida para toda a Bahia, o prefeito informou que ingressou na justiça para receber os royaltys do gás [royalty é uma compensação financeira paga pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro] por conta do gasoduto que atravessa o território de Eunápolis onde também foi instalado um City Gate” [ponto de embarque e desembarque de gás natural].
Robério Oliveira disse que “os recursos aportados pelos royaltys do gás, nos primeiros meses de sua gestão, estão sendo aplicados na pavimentação de importantes ruas e avenidas que fazem a interligação entre os bairros”. Por conta do crescimento acelerado, muitos loteamentos foram liberados nas antigas gestões municipais sem infraestrutura urbana, como calçamento, esgotos, iluminação, dentre outros.
SAÚDE E HOSPITAL PÚBLICO
Outro assunto abordado pelo prefeito diz respeito à saúde pública. A cidade possui um Hospital com 100 leitos de adulto, mais 20 leitos de pediatria e 10 de UTI e, apesar de ser referência para o extremo sul da Bahia ele é mantido com recursos do município. “São quase R$ 3 milhões o custo mensal para um hospital que era estadual e na década de 90 um prefeito maluco resolveu trazer para o município com um contrato de um ano e que terminou se prorrogando até hoje”, protestou Robério.
“O tempo passou e os valores ficaram defasados, as AIHs [Autorização de Internação Hospitalar] foram sendo distribuídas para os municípios da região que foram aderindo ao sistema pleno de saúde do SUS e hoje nós continuamos atendendo a toda a região com recursos próprios e sem a contrapartida das AIHs. São desafios como esses que nós enfrentamos na administração, muito embora temos uma grande parceria com o governador Rui Costa e com o senador Otto Alencar”. Concluiu Robério.