Com informações do site Política Livre – O Banco Central bloqueou R$ 1.779.859,32 de uma conta do advogado Tiago Cedraz Leite Oliveira, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz. O confisco havia sido ordenado pelo juiz federal Sérgio Moro, contra Tiago e o advogado Sérgio Tourinho Dantas, até R$ 6 milhões, na Operação Abate II, fase 45 da Lava Jato.
Em três contas de Sergio Tourinho, o BC achou R$ 301.162,4. No BTG Pactual havia R$ 202.550,38. No Bradesco, R$ 93.223,29. No Banco do Brasil, R$ 5.388,73. O confisco foi adotado a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria da República em Curitiba, base da Lava Jato, sob argumento de que Cedraz e Tourinho fazem parte de ‘esquema criminoso’ instalado na Petrobrás.
A ordem de Moro é do dia 31 de agosto. O valor do bloqueio seria referente à comissão que os advogados receberam na contratação da empresa americana Sargeant Marine pela Petrobrás – operação que envolve, ainda, o ex-líder dos Governos Lula e Dilma na Câmara, Cândido Vaccarezza. Ao decretar o bloqueio, o magistrado anotou que não importava ‘se tais valores, nas contas bancárias, foram misturados com valores de procedência lícita’. “O sequestro e confisco podem atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos”, afirmou Moro.
Em sua decisão, o juiz da Lava Jato observa que Sérgio Tourinho Dantas e Tiago Cedraz Leite Oliveira seriam, de acordo com a PF, as siglas ‘ST’ e ‘TC’ que constam de planilhas de distribuição de propinas e que foram apreendidas. “Embora Sérgio Tourinho Dantas e Tiago Cedraz Leite Oliveira sejam advogados, a imunidade profissional não abrange suas atividades, já que aqui há indícios, em cognição sumária, de sua participação em esquema criminoso que envolveu o pagamento de vantagem indevida”, decidiu Moro.