Reunidos no salão da Escola Municipal Gabriel José Pereira, no Bairro Centauro, nesta segunda-feira (21/08), professores da rede municipal de ensino decidiram, em assembleia geral da categoria, boicotar o tradicional desfile de 7 de Setembro em sinal de protesto contra a precariedade das escolas municipais de Eunápolis, tanto no que diz respeito à estrutura física quanto à falta de professores e auxiliares de classe.
Os professores, por meio de Nota Pública, assinada pela APLB/Sindicato, denunciam a falta de carteiras e mobiliário em geral, estrutura física, quadro incompleto de funcionários de apoio como merendeiras, auxiliares de serviços gerais, monitores e até professores. “Faltava até mesmo os Diários de Classe que começaram a ser entregues em meados deste mês de agosto”, afirmou ao blog a diretora da APLB/Sindicato, Jovita Lima Silva.
A ação dos professores é inédita, mas não é a primeira vez que a categoria se movimenta no sentido de melhorar as condições de ensino nas escolas municipais de Eunápolis. No dia 1º de junho as aulas foram suspensas e os pais de alunos convidados para discutir o assunto.
Desta vez o protesto teve a repercussão necessária e o prefeito da cidade, Robério Oliveira, convidou a diretoria da entidade para uma reunião que aconteceu na tarde desta terça-feira (22/08), em seu gabinete, no Bairro Centauro.
Robério Oliveira determinou a criação imediata de uma comissão de servidores municipais, com apoio da secretaria municipal de Educação, para visitar todas as escolas do município com o compromisso de apresentar, até esta sexta-feira (25/08), uma avaliação geral da carência dos prédios escolares.
A depender desse relatório, a APLB/Sindicato vai ou não convocar uma nova assembleia geral da categoria a fim de reavaliar a decisão adotada ontem.
Ou seja, professores e comunidade docente começam a perceber que o poder reivindicatório, quando bem dirigido, dentro dos parâmetros da civilidade e sem prejudicar os estudantes, encontra ressonância junto à população e poderes públicos.