Alvo da Operação Cui Bono?, que apura irregularidades e desvios na Caixa Econômica Federal, o ex-ministro Geddel Viera Lima (PMDB-BA) já se viu envolvido em investigações envolvendo outra instituição financeira. Há cerca de 30 anos, Geddel foi investigado pela suspeita de ter favorecido a si próprio e a três parentes quando exerceu o cargo de direção da corretora de valores do Baneb, que foi comprado pelo Bradesco em 1999.
Na época, os auditores do Baneb apontaram que Geddel estava envolvido em um esquema de desvios de recursos que favorecia alguns clientes por meio do uso de taxas de rentabilidade acima das praticadas pelo mercado. Os desvios podem ter chegado a R$ 2,2 milhões, segundo a Folha de São Paulo. Por conta do episódio, o peemedebista foi demitido do banco aos 25 anos de idade.
Além dele, também teriam disso beneficiados o ex-deputado Afrísio Vieira Lima (1929-2016), pai de Geddel e adversário do ex-governador e senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), a mãe de Geddel e o irmão Lúcio Vieira Lima, atual vice-líder do PMDB na Câmara dos Deputados.
Além de ter sido investigado no caso Baneb e atualmente pela Cui Bono, Geddel também esteve envolvido no chamado escândalo dos “anões do orçamento”, quando 37 parlamentares foram acusados de envolvimento em manobras para manipular o orçamento através de emendas que beneficiavam empreiteiras.
Geddel também foi citado diversas vezes em depoimentos de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.
por site Política Livre