O policial, hoje em dia, tem a tarefa de lutar contra o crime, como se fosse um personagem de filme hollywoodiano, correndo atrás de bandido, trocando tiro, matando, morrendo, trancafiando 1, 2, 3, 1000 pessoas atrás das grades, vendo as pessoas que ele prende sendo soltas, pois têm o direito de responder o processo em liberdade, muitas vezes por serem crimes de pequeno potencial ofensivo, prendendo novamente essas pessoas, até que chega uma hora em que ele, sabendo do seu “dever” de zelar pela “limpeza” social, resolve dar fim à vida desse marginal, sem vergonha, larápio, vagabundo, fazendo um bem à sociedade (né?!).
Só que eu fico pensando, será que é dele essa responsabilidade? Será que ele tem que carregar esse peso? E mais, será que ele tem condições de cumprir o que transferiram para ele? Não, não e não.
Infelizmente, o papel do policial nos dias de hoje é o de apagar incêndio com gasolina e não o de solucionar problema algum.
Já parou para pensar que para muitos o Estado só aparece na figura da polícia e para agredir? Sempre foi ausente, nunca apareceu para nada e quando aparece é para dar porrada e prender.
Pode prender, bater, matar quantos forem, não vai resolver, pois o problema não é de falta de repressão (que já vem institucionalizada de todos os lados), mas de conscientização.
Assim, sempre que ver uma crítica, lembre-se que ela é direcionada ao Estado e não necessariamente ao indivíduo que agiu.