No corre-corre diário as placas de propaganda, afixadas recentemente nas esquinas do centro de Eunápolis, seriam quase imperceptíveis se não tivessem se tornado mais um problema urbano. Além da poluição visual, elas dificultam a mobilidade.
Em meados de dezembro passado, não se sabe por obra e graça de qual ser iluminado, elas surgiram com mensagens institucionais, mas a gente sabe que, se deixar, tem tudo para se tornar propaganda de empresas privadas, do tipo: #VaiQueCola.
Dispostas em duas em cada esquina, às vezes no mesmo cruzamento é possível observar oito delas. Servem apenas para dificultar a travessia e a locomoção de pedestres nas calçadas como também, a visibilidade dos motoristas nas ruas.
O aposentado José Firmino Almeida, de 71 anos, me disse que as pessoas com dificuldade de locomoção são as mais prejudicadas. “As esquinas dos cruzamentos são os locais que precisam de mais segurança, mas é onde existe o maior número de obstáculos, quando não deveria haver nenhum”, afirmou.
Outro problema é o cadeirante que fica na altura da placa. Se ele precisar descer a calçada para fazer uma travessia, nem ele vê o motorista, nem o motorista consegue vê-lo. O mesmo acontece com as crianças.
Até agora não sei, e ninguém no centro da cidade parece saber, se há regulamentação para o equipamento. Mas a gente só precisa ser minimamente informada para entender que este tipo de publicidade obstrui a passagem de pedestre e alguns chegam a atrapalhar a visão dos motoristas, principalmente perto de esquinas.
Confesso mesmo que não conheço a lei que regulamentou a instalação desses “monstrengos”. Se é que estão regulamentados. No entanto, eu sei que a esquina é o ponto principal de uma calçada e, portanto, precisa estar desobstruída para permitir a circulação e a permanência de pedestres.