PF diz que afastamento dos três prefeitos é por tempo indeterminado. Vices devem assumir

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Beto Nascimento, (Dir,) deve assumir no lugar de Cláudia Oliveira _ Foto: Arquivo

POR BOCÃO NEWS – Os vice-prefeitos das cidades de Eunápolis, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália devem assumir os cargos enquanto os prefeitos, (PSD), Robério Oliveira (PSD), Cláudia Oliveira e Agnelo Santos (PSD), respectivamente, são alvos da Operação Fraternos, deflagada nesta terça-feira (7), pela Polícia Federal (PF), Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF).

“Os vices devem assumir porque o afastamento dos prefeitos é por tempo indeterminado”, afirmou o superintendente da Polícia Federal, Daniel Madruga, durante coletiva.

O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) determinou o afastamento dos três prefeitos por tempo indeterminado e os vice-prefeitos devem assumir. A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de bens imóveis e automóveis dos investigados, não só dos prefeitos, como de outros investigados também, além do bloqueio de contas correntes para ressarcimento do erário.

Treze mandados de prisão temporária foram cumpridos em Salvador. No total, eram 21 mandados de prisão. Ainda na capital baiana, conforme informações obtidas pelo BNews, foram executadas seis conduções coercitivas e cumpridos 20 mandados de busca e apreensão.

Em Eunápolis o vice-prefeito é Flávio Baioco que ainda não se pronunciou sobre o caso – Foto: Arquivo

Pelo menos 33 contratos que totalizam R$ 200 milhões estão sendo investigados. “Identificamos através de operadores financeiros comuns que empresas que atuam em ramos distintos faziam remessas para as mesmas pessoas – são empresas de alimentação, softawe e construção civil”, afirmou o superintendente.

Cerca de 250 policiais federais, com apoio de 25 auditores da Controladoria-Geral da União e de membros do Ministério Público Federal, cumprem, nos estados da Bahia, São Paulo e Minas Gerais, 21 mandados de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 42 de busca e apreensão.

Os policiais identificaram uma verdadeira “ciranda da propina” na qual as empresas dos parentes revezavam as vitórias das licitações para camuflar o esquema e, em muitos casos, chegavam ao extremo de repassar a totalidade do valor contratado na mesma data do recebimento a outras empresas da família.

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