Lixo irregular e entulho são desafios no combate ao Aedes aegypti

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É tanto lixo que tem até revoada de urubus – Foto J. Góis

Evitar o descarte irregular de lixo nas ruas e o acúmulo de entulhos em lotes vagos aparece como um dos maiores desafios diante da infestação do mosquito causador da dengue em Eunápolis. De acordo com o balanço do primeiro mês de 2017, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, 189 casos de febre chikungunya foram confirmados no período; 185 de dengue; e 49 casos confirmados de zika. Felizmente, nenhuma morte.

O Bairro Juca Rosa, na zona norte da cidade, apresentou o maior Índice de Infestação Predial (IIP). Outros bairros como Alecrim I, Ariosvaldo Reis, Gusmão e Centauro também estão com indicadores acima dos parâmetros do Ministério da Saúde, que recomenda como margem de segurança, índices menores que 1%.

No bairro Centauro cascas de coco são descartadas na rua – Foto. J. Góis

De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica, Kelly Rebouças, “o índice de infestação predial encontrado nas quatro primeiras semanas do ano atingiu 1.7%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados quase dois deles apresentaram foco do Aedes aegypti”. Frisou.

COLETA REGULAR

O lixo orgânico ou doméstico da cidade é retirado regularmente, na zona urbana e nos distritos, desde que acondicionado em sacos de plástico ou de papel e depositado fora de casa após as 17 horas, quando os carros da empresa de limpeza passam recolhendo. No entanto, toneladas de resíduos provenientes da deposição clandestina são retiradas, diariamente, das ruas da cidade.

Entre os materiais descartados irregularmente estão resíduos de construção civil, móveis velhos, equipamentos eletrônicos defeituosos, pneus e outros capazes de acumular água e permitir a reprodução do Aedes aegypti – que, além da dengue, transmite o zika vírus e a febre chikungunya.

No bairro Minas Gerais o bota fora de lixo fica próximo de uma escola – Foto – João Ribeiro

Nessas áreas, os moradores dizem que embora seja feita a capina periodicamente, o lixo depositado fora do horário da coleta continua oferecendo riscos de doença. “Uma vizinha teve dengue e muitas pessoas da minha rua também passaram mal”, diz a dona de casa Luana Gabriel da Silva, moradora no Edgard Trancoso. Ela pondera, no entanto, que moradores que despejam entulho no lugar colaboram para o surgimento das doenças.

COMBATE

O secretário de Infraestrutura da Prefeitura de Eunápolis, Pedro Bonomo, alerta que “a prática de deposição clandestina de resíduos é coibida através da Lei 692/2009, que regulamenta e proíbe o descarte de lixo de qualquer natureza em áreas não destinadas pelo poder público e fora do horário de coleta”.

Entre as ruas Agnus Santos e Geni Ribeiro o lixo incomoda moradores – Foto: J. Góis

Além da notificação para correção da irregularidade, os infratores estão sujeitos, a partir da segunda advertência, às multas que variam de um a dez salários mínimos e ela é acumulativa.

Com informações de Ascom/Saúde Eunápolis

 

 

 

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